Me sentei em uma cafeteria no bairro de Recoleta, em Buenos Aires.
Quando saí de casa, o tempo estava quente e abafado, prenunciando uma chuva.
5 minutos após me sentar, aconteceu o inevitável, muita água.
O café é pequeno, fecharam a porta para evitar a entrada de água. Estava calor dentro.
Pedi uma espécie de pão de queijo e misto quente argentino, junto com um café feito na prensa francesa.
Tiveram um problema no moedor, esperei 30 minutos pelo café, não liguei, me deram água e limonada de cortesia.
Abri meu notebook, escrevi um pouco sobre meus negócios, escrevi esse texto, e acho que vou embora, não porque eu queira, mas me deu vontade de mijar, sim, e aqui não tem banheiro. Acho que é intencional, o tempo máximo que a pessoa consegue ficar, é o tempo que ela consegue ficar sem ir ao banheiro.
Parou a chuva faz um tempinho, estou perto de casa, a chuva foi forte, não quero me molhar.
Vou para casa deixar as coisas e descer na esquina para comprar uma pizza para mais tarde, aliás, está muito cedo, depois faço isso.
Quis criar uma nova linha para os meus textos, mas a princípio, este texto está mais parecido com minhas crônicas do que com uma ideia nova.
Na verdade, o texto está muito bom; engraçado, curto e grosso, devia estar sem paciência no dia. Aqui, revisando uma semana depois, gostei do tom.
Mirei em uma coisa, acertei na outra. Uma cafeteria, pouca paciência, bexiga cheia e chuva, era tudo que eu precisava.