31 de dezembro, véspera da virada, desisto de ir a praia ver os fogos, me encho de tristeza, vou para o meu quarto e choro.
Acúmulo. Precisava disso.
Após um ano intenso e cheio de aprendizados, o medo do que viria e a tristeza do que já foi, me atingiu em cheio.
Mudanças profundas que vieram pra ficar.
Passado o ano novo, vivi uma semana de nada. Descansei, virei noites, esqueci do celular, pensei e planejei.
Defini minha rotina. Fazer mais, trabalhar menos, mas como? Corto o inútil, otimizo o importante. Sem 10 horas, 12 horas, madrugadas de trabalho, isso é idiotice.
Fim de semana quero mais praia, cachacinha com os amigos, viver mais, não fazer nada.
Segunda à sexta é saúde de manhã, trabalho de manhã e tarde, leitura e estudos tarde e noite, de noite um filminho talvez. Rotina simples e gostosa.
Esse é o maior desafio que me impus, o da disciplina absoluta, cumprir minhas atividades diárias, com menos tempo de trabalho, mas com mais tempo de foco. Se enganar é fácil, se entupir de tarefas e se sentir importante por trabalhar muito. Trabalho inútil muitas vezes.
Agora, me sinto exausto, é o acúmulo. Não consigo descansar, tenho vontade de agir.
Escrever este pequeno texto me exigiu um esforço hercúleo, mas o fiz. Sem mais desculpas.
O melancólico ano novo se apresenta, e me apresento a ele sem muita vontade, mas com muitos planos. Veremos.